No
inicio de um relacionamento costumamos indagar nossos parceiros para conhecer
os mínimos detalhes de suas vidas. Então decidi questionar qual seria sua cor
favorita, e com um sorriso malicioso ela afirmou: vermelho. Aquela declaração
ficou impregnada em minha mente, ansioso, resolvi pesquisar o significado da
cor, a fim de compreender por que ela a adorava. Deste modo, conclui que a
intensidade daquela tonalidade simbolizava: a paixão ardente, o poder, a
ambição, coragem, atitude, desejo e alguns sentimentos negativos como a raiva.
Logo cheguei à conclusão que a cor favorita pode revelar-nos algumas
características de suas personalidades. Diante disso, esta, era a tonalidade
dos lábios de minha musa, a cor de suas blusas sedutoras e decotadas que
mostravam seus seios voluptuosos, blusinhas que hipnotizam qualquer olhar
másculo faminto, aquela cor seduziu-me, é algo abrasador que me faz perder o
controle, sou dominado por minha amada todas as noites, entregando a ela todo o
amor aceitável, e ela, por sua vez, retribui o prazer que compartilhamos entre
os lençóis alvos, afastando toda a pureza dos meus atos, me tornado o ser mais
incontrolável ao devorá-la.
Textos encontrados por acaso
Seria antiético postar textos encontrados por acaso num embrulho? Creio que não, pois criei este blog, a fim de, chamar a atenção do (a) suposto (a) dono (a) dos textos. Egoísmo seria ler todos eles e guardar numa caixa qualquer, consumidos seriam pelas traças, portanto, encantar-se-ão com estas maravilhas escritas por mãos misteriosas.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Sinestesia diabética multinacional
Provar o söt chocolate da Suíça
Devorar o doce docílimo de batata
doce
Abocanhar a dolce pizza Romeu e
Julieta
Saborear o sweet milkshake
Se deliciar com o elegante Petit
gâteau francês
Tragar o doce Strudel alemão
Viver nossa Dulce vitae
Embriagar-se com o doce perfume
de minha musa
Respirar o doce aroma desse
romance
E por fim, aplicar uma dose de
insulina.
Vitor
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Rogo-lhe uma fagulha de amor
Costumo visitar o cemitério onde
jaz o corpo daquela moça deteriorado pelos vermes, é notável que seu romantismo exacerbado
marcou seus poucos anos de existência neste mundo medíocre, a jovem faleceu por
excesso de sentimentos doces, seu coração não suportou a abundância de amor
platônico. Ela era meiga, melosa, sorridente, exalando ternura ao recitar as
mais belas cantigas lírico-amorosas trovadorescas. Todo dia 22 de cada mês
venho aqui rogar-lhe que me ensine a descobrir este sentimento, pois num futuro
bem próximo eu venha morrer com um dos diagnósticos mais notórios do século,
insuficiência de doçura no coração, ou melhor dizendo, deficiência de amor.
Imploro em meio a soluços, as lágrimas corroem a lápide, marcando o desespero
insano desta desalmada, grito por vida. Creio que meus desejos não serão
atendidos, porém, quando enfim a morte me convidar a seguir para um mundo
distante, estarei aqui rogando uma mísera fagulha de amor, pois deste modo
poderei incendiar meu coração com o sentimento mais idolatrado pelos humanos
nos séculos XVIII e XIX.
Carmen D’lenheva
terça-feira, 9 de julho de 2013
Da série hipocrisia infame – Estereótipos: gramaticóide e dicionário “ambulante”
Vejo aquela garota todos os dias
na biblioteca lendo por uns minutos, logo notei que estuda letras, qual ser
leria um livro “Pride and Prejudice”? Isso mesmo, o livro de literatura inglesa
com o texto original, ou seja, inglês. Em seguida, comecei a refletir sobre os
estereótipos que esta garota poderia se encaixar, deste modo, são eles: A letrada
gramaticóide, sabe aquela estudante de letras que conhece todas as regras
gramaticais e não perde uma oportunidade para corrigi-lo, por conseguinte, o
segundo seria; A letrada dicionário, aquela que revela todos os significados de
palavras na língua estrangeira, você pode perguntá-la o significado da frase
que está estampada em sua camiseta, ou pedir para que ela traduza uma música em
tempo real, ela exibe o quanto conhece a língua e sempre afirma que fala
fluente, deste modo, o terceiro seria; Ela é simplesmente uma estudante que
aprecia o idioma inglês, é uma aprendiz, não confunda com “falante nativa da
língua”, ela não é esnobe, não exibe o
conhecimento que já adquiriu e se perguntares à ela se fala fluente ela
responderá: “estou aprendendo inglês, falo um pouco, preciso melhorar a
pronúncia”. Talvez ela leia literatura inglesa, mas como qualquer outro
estudante, ela recorre ao dicionário para traduzir algumas palavras
desconhecidas. A jovem que conheci na biblioteca não possui um estereótipo
popular de uma estudante de letras, ela é diferente, é revoltada com a
sociedade que cobra “Você tem que ser fluente logo mocinha.” “Estuda letras? Já
leu Machado né?”. “Traduz essa música ae, ela é tão linda” “Amiga o que
significa isso?”. Ela é uma moça sincera, quando não sabe ela simplesmente diz:
“Eu não sei o significado, posso pesquisar depois”. Posso deduzir que a vontade
era de gritar “Eu não sou gramática nem dicionário, por favor, pesquisa,
estuda, compra um dicionário P*%#*!”.
sábado, 6 de julho de 2013
A perfídia dos teus atos cruéis
Dos teus
lábios tiro a saliva doce e o escárnio ao amor negado há muito tempo atrás,
hoje você implora beijos sem emoção, abraços sem afeto, juras falsas de um amor
que outrora foi tão cobiçado, querido, sei que ataco sua boca como se devorasse
todo o infortúnio ignorado por você cretino, aos poucos sinto a vibração
alucinante da tua pulsação, ao roubar teu fôlego você sussurra expressões insignificantes.
Deste modo, não almejo o teu amor e sim teu coração, quero seduzir até o teu
ultimo fio de cabelo, rendida estarei ao meu antigo amor platônico que hoje não
é relevante.
E
quando, enfim, estiveres rendido aos encantos desta dama sem piedade, tu
provarás dos piores dissabores da vida, nosso beijo de despedida será amargo
como fel. Porém meu vassalo, este é apenas mais um dos meus desejos ocultos,
trancado e esquecido no HD mental da maldade desejada a todos os cafajestes
maldosos que um dia destruíram toda a meiguice e doçura dos meus atos.
Carmen D’lenheva
quinta-feira, 4 de julho de 2013
O embrulho
Dia frio, uma chuvinha trazia o cheirinho de terra molhada, o vazio do corredor fez-me sentir um calafrio, novamente chego cedo e ao entrar na sala um embrulho furtou minha atenção, estava bem amarrado com uma fita rendada, nenhum enfeite, embrulho cru, aguçou minha curiosidade nata, meu instinto era abri-lo imediatamente e descobrir o que havia ali. Desatei o laço e ao abrir pude notar uma infinidade de papéis de todas as cores e tamanhos, eram cartas, textos, declarações, era um mundo novo a ser desvendado, eu fui tomada pelo bel-prazer de ler as escrituras. Após alguns instantes eu já estava totalmente seduzida por cada palavra contida naqueles textos. Eu poderia ter demorado em casa, dormido ou lido mais um capítulo de um romance qualquer, contudo preferi chegar mais cedo, caro leitor, se eu atrasasse alguns instantes minha colega de classe poderia encontrar aquele embrulho e roubar de mim a chance de ser conquistada pelo conteúdo fantástico que havia ali. Feliz como uma criança que aprende a dar as primeiras pedaladas equilibradas numa bicicleta. Não pensei o bastante para decidir o que fazer, preferi roubar aquele embrulho para mim, egoísta? Creio que não, pois criei este blog, a fim de, chamar a atenção do suposto (a) dono (a) dos textos, seria antiético postar os textos com um pseudônimo? Deixo a vocês esta questão polêmica, uma vez que, egoísmo seria ler todos eles e guardar numa caixa qualquer, consumidos seriam pelas traças, portanto, encantar-se-ão com estas maravilhas escritas por mãos misteriosas.
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